A mulher na ciência – Ao longo dos anos, as mulheres têm lutado por espaço nas áreas de trabalho frente a uma sociedade desigual, patriarcal e machista. Porém, a parte feminina da população ainda é discriminada em muitas áreas de conhecimento, além de serem consideradas incapacitadas para exercer tal função, sobretudo, na ciência.
Nesse âmbito, torna-se necessária a análise da problemática, visto que as mulheres dificilmente alcançam cargos mais altos e são afastadas por ser um ambiente classificado propício ao sexo masculino.
Inicialmente, é válido ressaltar que segundo o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), as mulheres representam 54% dos estudantes de doutorado no Brasil, o que revela um aumento de 10% nas duas últimas décadas. No entanto, essa porcentagem varia conforme a área de conhecimento, assim sendo, nas ciências da computação e matemática elas representam menos de 25%, e nas ciências da vida e da saúde mais de 60%. Essa situação impede a visibilidade da mulher na ciência, visto que são poucas que se especializam nesta área, representando uma porcentagem baixa nas ciências exatas.
Todavia, outro problema enfrentado pelas mulheres é o fato das empresas contratarem homens para os maiores cargos, e assim, retiram as chances da parcela feminina de conseguir bons empregos. Segundo dados da Unesco, as mulheres correspondem a 28% dos pesquisadores do mundo. Ainda que sejam em minoria na área de pesquisa científica, muitas deixaram seus nomes marcados e possibilitaram a difusão do conhecimento, como Katherine Johnson. Katherine é cientista, matemática e física espacial norte-americana e fez contribuições fundamentais para a aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos. Dessa forma, essas mulheres passam a inspirar outras a seguirem cursos na área da ciência e desfazer esse estereótipo cultural da sociedade.
Por conseguinte, é necessário que o ministério do trabalho e dos sindicatos criem projetos de lei que garantam que os artigos da constituição já estabelecidos sejam cumpridos, a fim de que as mulheres tenham seus direitos garantidos nas áreas de conhecimento. Do mesmo modo, a forma que é ensinada sobre cientistas deve mudar, com o propósito de os alunos desenvolverem novos conceitos e romperem com esse estereótipo machista da sociedade.
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