O antídoto de Telêmaco – Depois que Poseidon, disfarçado de pescador, envenena Telêmaco com a poção de Circe, chega aos ouvidos de Atena o ocorrido. Como a família de Ulisses era protegida pela deusa, dessa vez não seria diferente, então, a filha de Zeus se transformando em uma coruja, decide ir até a Ilha de Ítaca com a intenção de encontrar o antídoto e salvar a vida do príncipe herdeiro.
Quando chega ao reino, se transforma, desta vez, em uma estrangeira e é muito bem acolhida pelos habitantes. Caminha até o palácio, onde encontra Ulisses e sua amada Penélope. Lá, revela que é Atena e que fora ajudá-los a resolver a situação. “Mas, você sabe onde o antídoto está?” pergunta Penélope. “No caminho para cá, escutei murmúrios vindo do mar. Estavam dizendo que o antídoto está na ilha dos Ciclopes” responde Atena. Ulisses fica desesperado, porque se lembra do episódio com o Polifemo em que cegara o filho do deus dos mares. Atena acalma-o e diz que ela irá até a ilha.
No dia seguinte bem cedo, Atena vai em busca do antídoto. Ela se transforma em um pássaro novamente e vai voando até o reino dos gigantes de um olho só. Depois de algum tempo de voo, avista a ilha e percebe algumas dezenas de ciclopes em volta de uma única rosa. Atena, devido sua intuição de deusa, associa a flor ao antídoto. “Mas como irei pegá-la?” ela se pergunta.
Como já estava transformada em pássaro, resolve tentar a sorte e com extrema destreza consegue pegar a flor com o bico. Quando os ciclopes perceberam que a flor não estava mais lá, Atena já estava bem longe.
De volta a Ítaca, na presença do rei e da rainha, Atena repara que não é a flor o antídoto, mas um pequeno recipiente que estava dentro dela e que continha um líquido vermelho. Penélope entre lágrimas de esperança olha para Ulisses e pede para que a deusa coloque a poção na boca de Telêmaco. Há um momento de apreensão que depois se transforma em alegria, quando o herdeiro de Ítaca acorda. O castelo é tomado por imensa felicidade e o reino entra em comemoração prestando homenagens à deusa protetora de Ítaca.
(Conto com personagens da mitologia greco-romana.)
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