A Guardiã Alira. Há muito tempo, havia uma tribo indígena chamada Guarani, esta tribo era conhecida por ser a guardiã do principal bioma do país, a Floresta Amazônica. Nesta tribo havia uma jovem chamada Alira, que significa graciosa. Seu nome já lhe impedia de ser recrutada como uma guardiã, por tamanha delicadeza que ela possuía. Era uma jovem forte, destemida, valente e sonhadora, com muitas habilidades, porém não reconhecidas pelo chefe da tribo, pois só os homens poderiam ser guardiões, pois de acordo com eles, eram mais fortes e corajosos.
Certa vez, o guardião Cauã, o mais forte da tribo, chegou muito ferido e exausto como nunca visto, e dizia que todas as criaturas da floresta estavam em perigo e que a floresta Amazônica poderia desaparecer para sempre, pois uma grande maldição foi lançada e a única forma de vencer seria entrar na caverna do cristal verde. Então o chefe da tribo disse:
— Como assim? Você sabe que segundo a lenda nenhum guardião conseguiu chegar até a pedra, e os que tentaram, nunca mais foram vistos! – Exclamou o chefe.
— Mas, chefe, eu lutei contra criaturas inimagináveis e usei todas as nossas armas de guerra, e quando fui levado por eles vi muitos animais mortos, fontes contaminadas, árvores secas, porém antes de minha fuga, ouvi o líder da tribo inimiga Xavante dizer que em breve iriam destruir toda a floresta, pois ninguém jamais conseguirá o cristal verde a tempo, a não ser que uma jovem de coração puro entre e toque o cristal. – Disse Cauã
— Cauã, você sabe que não podemos mandar mulheres para fazer o trabalho de um guardião.
— Chefe, essa é nossa única chance, ou tudo e todos morrerão.
— Mas quem poderíamos chamar? Pois nenhuma mulher foi treinada! – Exclamou.
E ao fundo se ouve uma voz:
— Chefe, envia-me! Sou Alira e treino todos os dias escondida, sei tudo sobre um guardião, sei onde está a pedra e sou capaz de pegá-la. – Disse Alira com convicção.
— Aceitaremos você para esta missão, porém, saiba que talvez não possa ver a luz do dia novamente, é um grande risco, pois nenhum guardião jamais voltou.
Então Alira disse com certeza:
— Irei, pois para que minha tribo fique protegida para sempre, arriscarei tudo!
Então Alira se despediu, pegou apenas uma lança, um jarro d’água e partiu para sua missão. Chegando na caverna, Alira entrou e enfrentou uma criatura nunca vista, o dragão Shenlong, com cerca de 5,5 metros de altura. Com uma única lança acertou o coração e o dragão caiu. Assim, Alira pode usá-lo como escada para chegar até a pedra. Ela a tocou e tudo foi iluminado, como se o sol houvesse descido naquela caverna.
Naquele momento, os animais voltaram à vida, os rios voltaram a ter águas cristalinas e todo verde da floresta tomou conta daquele lugar sombrio. Era lindo! Então, Alira colocou a pedra no centro da aldeia e o chefe da aldeia a nomeou como Guardiã Heloísa, nome que significa “combatente glorioso”. Alira, agora conhecida como Heloísa, sorriu e disse:
— Finalmente sou uma guardiã! CONSEGUI!!!
Nos dias de hoje, para preservar e homenagear a história da falecida Guardiã, temos uma estátua de Alira (Guardiã Heloísa) na parte central da tribo, onde está a tribo até hoje.
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